Programa de Educação em Saúde Ambiental contra a dengue, desenvolvido pelo Codanorte e a FUNASA, percorre 18 municípios da região


13 de abril de 2022


O Consórcio Intermunicipal Multifinalitario de Desenvolvimento Ambiental Sustentável do Norte de Minas (Codanorte) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) estão desenvolvendo o Programa de Educação em Saúde Ambiental contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zica e chikungunya, em 18 municípios do Norte de Minas.

Até o momento, nove cidades já foram contempladas com as visitas. A programação é realizada durante dois dias em cada município e engloba quatro principais atividades: Fórum de Integração, com palestras discursivas sobre o tema; mincursos orientados nas escolas, com atividades didático-pedagógicas (concursos, teatros, murais, campanhas); Oficinas de Artesanato com reaproveitamento de materiais encontrados no lixo considerados “reduto das larvas” (garrafas de vidro, embalagens diversas) ofertando, inclusive, renda alternativa para a população vulnerável; e Ação na Praça, com mutirões, passeatas, blitz educativas e distribuição de materiais informativos e educativos sobre a doença.

Como explica a coordenadora de projetos do Codanorte, Soraya Ottoni, o objetivo das ações é mobilizar e sensibilizar a sociedade e suas representações para a adoção de condutas e práticas para o enfrentamento do vetor Aedes aegypti e  uma perspectiva da redução de casos de morbimortalidade com impactos na saúde. Até o momento, nove cidades já receberam a visita das equipes itinerantes. 

"A luta contra esse inseto extremamente adaptado é muito complexa e exige ações coordenadas de múltiplos setores. Para prevenir e controlar a doença, diversos programas de controle das arboviroses são executadas anualmente, porém, é preciso reconhecer que além da participação ativa desses setores, é preciso fortalecer a relação entre a sociedade e as esferas administrativas numa proposta coletiva, participativa e efetiva, que vai além da limpeza urbana, saneamento, vigilância sanitária e epidemiológica: é aqui que entra a 'Educação em Saúde Ambiental'”, disse. 

O programa tem como tema: "Mosquito vilão, aqui não", e o lema: "Palmas pra quem sabe combater". Uma Equipe Itinerante composta por profissionais multidisciplinares devidamente treinados estão visitando os municípios escolhidos a partir do alto índice de infestação.

O secretário-executivo do Codanorte, Enilson Francisco, ressalta que a região apresenta condições favoráveis para a proliferação do vetor com altíssima capacidade de adaptação. "Um dos resultados esperados é estimular as mudanças de hábitos insalubres para a saúde ambiental e entender que essas mudanças são fundamentais para a redução dos casos (pilar do convênio)", destacou.  

O presidente do CODANORTE, Eduardo Rabelo, ressaltou a importância do programa para o combate a esse mosquito que tem causado internações e até óbitos na região. “Com o tema ‘Mosquito Vilão, aqui não’, queremos mostrar maneiras de combater esse vetor que faz vítimas anualmente, principalmente após o período chuvoso. Estamos acompanhando o aumento de casos de dengue, zica e chycungunya, por isso a necessidade de unirmos forças contra esse problema de saúde pública”, destacou.

Em meio à pandemia de Covid-19, a dengue é uma preocupação evidente para o ano de 2022. O número de casos disparou em Minas. "O momento é de alerta. Com dois vírus circulando ao mesmo tempo, o sistema de saúde pode ficar sobrecarregado mais uma vez. Que o CODANORTE, como consórcio pioneiro, possa ser referência em projetos vindouros e que mais municípios possam ser contemplados com serviços de qualidade na área da educação em saúde ambiental", finalizou Soraya.


Fiscalização


O educador ambiental em saúde da FUNASA, Roberto Carlos da Silva, é responsável por fazer a fiscalização técnica do convênio firmado entre a Funasa e o Codanorte. "Nosso papel é de acompanhar essas ações que estão sendo executadas em 18 municípios do Norte de Minas que tiveram o índice de infestação predial mais alto. Ele é um convênio de 2017, que foi paralisado por conta da pandemia do Covid-19 e agora será retomado. A ideia é que ao final da execução desse projeto, esses índices de infestação diminuam. Todos sabemos que vivemos uma situação atípica, foi um momento de muitas chuvas, muitas enchentes, e isso favoreceu ainda mais a proliferação do Aedes aegypti, transmissores dessas arboviroses".


Tags
Codanorte Sudene Municípios Dengue